quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Novos Informes

Vereadores apóiam destituição de Bermelho
Por: Liora Mindrisz (liora@abcdmaior.com.br)

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Depois dos estudantes e professores da FSA (Fundação Santo André), agora são os vereadores da cidade que defendem a destituição do reitor Odair Bermelho. O que antes era apenas um afastamento se tornou uma saraivada de críticas ao reitor durante a sessão da Câmara desta terça-feira (30/10).

O primeiro a tocar no assunto foi Marcos Medeiros (PSDB), que pediu para que o voto do representante da Câmara no Conselho Diretor seja contra o reitor. “Nada mais consciente do que retirar um reitor que tem sido inoperante, não tem atendido as necessidades daquela instituição. Pelo menos com o voto do representante da Câmara Municipal nós podemos contar com a saída do reitor”, disse.

Os vereadores Jurandir Gallo (PT), Cláudio Malatesta (PT), José Montoro Filho (PT), o Montorinho, Donizeti Pereira (PV) e Dr. Aidan Ravin (PTB) também falaram sobre a reunião do Conselho Diretor, que decidirá se o reitor sai ou não nesta quinta-feira (01/11). Todos apóiam a saída de Bermelho.

“Se há uma briga política lá dentro, e isso todos nós sabemos que há, não podemos admitir o desmando e que um reitor como aquele continue na Fundação. Essa Casa já fez um requerimento pedindo o afastamento, infelizmente não temos poder para essa decisão, mas de qualquer forma está clara qual é a intenção dos vereadores. Gostaria que o Conselho Diretor tivesse a hombridade de colocar ordem naquela Casa”, disse Gallo, líder da bancada petista.

O vereador Donizeti, que indicou o representante da Câmara para o Conselho Diretor (seu assessor Orivaldo Oliveira Lopes), acha que a votação pela saída do reitor Bermelho e do vice Cacalano tem que ser feitas separadamente.

“O fato da Câmara ter aprovado um requerimento pedindo o afastamento do Odair, deixa claro que temos um entendimento que a presença dele na Fundação é prejudicial pra entidade. Mas eu e alguns outros vereadores estamos indignados com essa questão de colocar o vice-reitor no meio, me parece uma jogada política de alguém, no sentido de afastar o vice-reitor, que é oposição, para assumir alguém ligado ao Odair”, disse o vereador.

O Conselho Diretor, presidido pelo reitor Odair Bermelho, se reunirá na quinta-feira às 16h no Fórum da praça João Mendes, na Capital, para decidir o futuro da reitoria da Fundação Santo André.


Reitoria mudou Fundação sem aval

Bruno Ribeiro do Diário do Grande ABC

A alteração jurídica que o reitor Odair Bermelho promoveu na Fundação Santo André teria ocorrido à revelia do poder público andreense. Prefeitura e Câmara Municipal não teriam permitido que a entidade deixasse de ser um organismo municipal para se tornar uma “fundação mantida com recursos privados” no cadastro do Ministério da Fazenda.
A mudança resultou em uma dívida de R$ 50 milhões com a Receita Federal. Além disso, a alteração permitiu que a faculdade contraísse dívidas no sistema financeiro. O resultado está no orçamento 2008 da Fundação: previsão de R$ 2 milhões em gastos com a amortização de empréstimos.
“Antes de Bermelho, dificilmente a Fundação pedia empréstimos. Agora, virou carne de vaca: só se paga o 13º salário se pedir . E banco não é entidade filantrópica. Cobra juros”, diz o professor Ricardo Alvarez, integrante do grupo contrário ao reitor.

Pública - O consentimento do poder público para que se faça uma mudança dessa natureza é considerado necessário por quem entende do assunto.
O professor Odair Sá Gomes, da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), também docente na Fundação, defendeu tese de mestrado mostrando que fundações municipais de ensino superior precisam de autorização da Câmara Municipal e da Prefeitura para alterações que envolvam os bens da instituição – uma vez que são de propriedade pública.
Mas a alteração do caráter da pessoa jurídica da faculdade ocorreu por meio de manobra administrativa. Nem mesmo o Conselho Diretor da Fundação aprovou a mudança. Ela sequer foi discutida.
Procurada, a reitoria da Fundação informou que esperaria algum eventual contato da Câmara ou da Prefeitura para se manifestar sobre o assunto.
Depois de uma entrevista coletiva ocorrida em 20 de setembro, Odair Bermelho se recusou a comentar os desdobramentos do movimento grevista e as denúncias contra ele publicadas pelo Diário. São 41 dias de silêncio.
Votação - A reunião do Conselho Diretor que votará a cassação do reitor Odair Bermelho será nesta quinta-feira, às 14h, no Fórum João Mendes, na Capital.

Administração se confunde e promete responder nesta quarta-feira

(Bruno Ribeiro --Do Diário do Grande ABC)
A Prefeitura de Santo André provou terça-feira que não está totalmente informada sobre a confusão jurídica que envolve a Fundação.
Questionada sobre a ausência de autorização da faculdade para mudar sua natureza jurídica, a administração municipal respondeu por meio de nota que as mudanças no estatuto da Fundação não precisam de autorização legislativa.
Entretanto, a mudança não se deu no estatuto, o que significa que foi uma mudança administrativa. Portanto, passível de autorização da Prefeitura. Novamente questionada, a administração informou que as secretarias responsáveis comentariam o assunto nesta quarta-feira.


5 comentários:

Unknown disse...

È incrível como nós de sistemas agüentamos tudo calados.
Mesmo tendo parado oficialmente por duas semanas as provas já serão realizadas na semana que vem.
Sabemos que precisamos de reposição de aulas, e estamos sem condições de realizar as provas e sabemos também que essa atitude de passar as provas agora é pura repressão e mais uma tática para conter o movimento.
Estamos merecendo tudo que vem acontecendo há muito tempo, pois não lutamos nem por nossas salas.
Vamos todos passar de ano, não duvidemos disso. Mas a questão é que vamos todos passar mais um ano sem aprender tudo o que deveríamos. Viva a inércia sistemática e lógica.

Rodolfo Andrade disse...

Fernanda,

As provas podem ser reagendadas com os professores (deve ser feito pela coordenação, mas tudo bem...), conforme e-mail encaminhado pela coordenadora do curso.

Agora, falar que atitude X ou Y é para reprimir o movimento não cola.

O que você sugere? Que voltemos à greve? Que fiquemos mais 01 mês sem aulas? No mínimo, contraditório no caso de uma pessoa que preza pelo ensino, como deu a entender pelo seu comentário.

Finalizando, se você realmente se sentiu prejudicada em não aprender o que deveria, recorra à bibliografia que os professores fornecem no plano de estudo ou fontes alternativas. Existem ótimos livros que ensinam muito mais que alguns professores "sem mistérios" de BSI.

Há outra opção também: não participar das assembléias e depois ficar reclamando no blog.

Abraços.

Unknown disse...

Eu sugiro que agente empurre todos os problemas com a barriga, vamos fazer as provas... todos vão passar de anos mesmo.
Com relação a qualidade de ensino, pra que isso não é mesmo... isso é coisa para poucos.

Unknown disse...

Volto a repetir aqui, existem diversas faculdades na região que não tem esse tipo de problemas. A transferencia pra lá é facil e rapido!!

Bar do Augusto disse...

O que vocês bambinos, non percebem, apesar de ser uma lusta justa e válida, está cheio de politicagem. Eles pensam que são a USP, UNESP e etc, que param e voltam ao bel-prazer. Maaaas, eles non pagam mensalidade! Então, eu, Augusto, cidadão de bem e dono do meu Bar, penso: quem quer greve, FAÇA. Quem non quer, assista aula.